De 3 de maio a 8 de junho, ruas e praças de 132 municípios do interior, litoral e da Grande São Paulo serão palco da 17ª edição do Circuito Sesc de Artes 2025. Em seis fins de semana consecutivos, sempre aos sábados e domingos, o público poderá vivenciar gratuitamente 840 sessões de atividades que atravessam nove linguagens artísticas e culturais: artes visuais e tecnologias, cinema, circo, dança, literatura, música, teatro, turismo e valorização social.
A iniciativa é uma realização do Sesc São Paulo em parceria com as prefeituras municipais e sindicatos do comércio de bens, serviços e turismo locais.
Ao todo, 23 unidades estão envolvidas na realização do projeto. A região contemplada pelo Sesc Jundiaí recebe uma série de atividades que vai ar por Louveira (3 de maio), Itatiba (4 de maio), Joanópolis (10 de maio), Várzea Paulista (11 de maio), Jarinu (7 de junho) e Bragança Paulista (8 de junho).
A programação valoriza a produção cultural das regiões participantes, com forte presença de artistas e coletivos que atuam fora da capital. Uma das linhas curatoriais que se fortalece nesta edição, em um movimento realizado nos últimos anos e que agora se consolida, é a quantidade de artistas das regiões atendidas: são 42 grupos de cidades da Grande São Paulo, interior e litoral paulistas, de um total de 76 atrações.
Roteiro (6)
Louveira (3 de maio), Itatiba (4 de maio), Jarinu (7 de junho) e Bragança Paulista (8 de junho)
Na oficina Chaveiros Pixel Art, o artista visual Paulo Roberto de Castro Oliveira Filho introduz a técnica da pixel art. Utilizando pequenas peças plásticas coloridas, os participantes organizam os "pixels" sobre uma base perfurada e criam chaveiros personalizados com o calor de um ferro. A atividade remete aos gráficos digitais dos primeiros videogames.
O cinema oferece uma imersão cultural com Rotas Afro XR – Patrimônio Negro e Tecnologia. O público utiliza tecnologias de realidade virtual para ear por lugares marcantes e conhecer personalidades negras do interior paulista, explorando o acervo Rotas Afro XR sobre patrimônios e expressões da cultura negra.
O circo ganha as ruas com o Fabuloso Acrotejo Musical, da Cia Naniko’s Circus. Artistas cênicos e músicos desfilam em um cortejo acrobático, apresentando performances de solo, malabarismo, equilibrismo e pirâmides humanas ao som de marchinhas de carnaval e música brasileira. Alguns artistas tocam instrumentos como trombone, trompete, saxofone, surdo e pandeiro sobre pernas de pau e monociclos.
A dança é a marca de Requebrando, do Grupo Diladim. A intervenção parte do funk para explorar como o movimento do quadril se relaciona com a história pessoal. O grupo paulistano propõe um baile onde a musicalidade transita por ambientes e ritmos distintos, incentivando cada pessoa a requebrar a partir de suas vivências.
A literatura estimula o hábito da leitura com Histórias Pretinhas, da Cia. Caruru. Em um ambiente acolhedor com tecidos e esteiras, a companhia paulistana compartilha narrativas de personagens de autoria negra. As histórias buscam promover identificação e ampliar perspectivas.
A música celebra a ancestralidade afro com a DJ Gabi Naômi, de Ribeirão Preto. Seu set apresenta criações de artistas negras e negros de diversas origens e gêneros musicais, convidando o público a conhecer produções que também representam resistência.
Roteiro (5)
Joanópolis (10 de maio) e Várzea Paulista (11 de maio)
No universo dos grafismos, os artesãos Lu Ahamy e Awa Mbarete, de Campinas, conduzem a oficina Grafismos, suas Tintas e seus Significados, onde compartilham a tradição de decorar pequenos piões, brinquedos comuns em algumas culturas originárias. A arte visual se encontra com a tecnologia na oficina Livro para Guardar Miudezas com o grupo Mínimo Diário, onde artistas visuais de São Paulo incentivam a criação de livros artesanais, unindo escrita, desenho, narrativa oral e técnicas de encadernação.
A linguagem circense é presente com a intervenção Ilusionismo Close Up, de Caio Ferreira, artista de São Carlos. O performer realiza "mágicas de proximidade", que são aquelas feitas bem próximas ao público. A literatura é destaque na atividade de contação de histórias em Piqueniques Literários em Tapetes Voadores, com o grupo Ler é uma Viagem, de Itu. A cia apresenta a história "Chocados, uma História de Galinhas”, que aborda a temática do cuidado na relação entre adultos e crianças.
A música está na apresentação da DJ Bayo, multiartista de Bauru. Seu setlist mistura elementos da cultura preta com sonoridades contemporâneas e alternativas. O samba é celebrado no espetáculo musical Hoje Tem Samba, de Aninha Barros e Grupo Samba D'Aninha, de Piracicaba. A cantora interpreta clássicos do gênero e canções de seus álbuns, incluindo Neguinha, presente de Moacyr Luz.
O teatro marca presença com a peça Bitita – Para Não Esquecer, da Cia. Cênica, de São José do Rio Preto. Inspirada no livro Diário de Bitita, de Carolina Maria de Jesus, a peça acompanha a infância de Bitita, uma menina preta da periferia com uma visão de mundo particular. A narrativa levanta questões sobre a infância e a construção de um futuro melhor.
Serviço
Circuito Sesc de Artes 2025
De 3 de maio a 8 de junho, sábados e domingos.
Programação completa no site sescsp.org.br/circuitosescdeartes
Em caso de chuva, verifique o novo local.
Roteiro 6
Louveira (3 de maio, 15h às 19h)
Subestação Ferroviária Francisco de Monlevade - Rua Armando Steck, 184 – Centro
Itatiba (4 de maio, 15h às 19h)
Parque Luís Latorre - Avenida Prefeito Erasmo Chrispim, 100 – Bairro do Engenho
Jarinu (7 de junho, 14h às 18h)
Praça Nossa Senhora do Carmo - Rua Coronel José Inácio – Centro
Bragança Paulista (8 de junho, 15h às 19h)
Praça da Poesia - Rua Tupi, 113 – Centro
Roteiro 5
Joanópolis (10 de maio, 15h às 19h)
Praça Padre Domingos Segurado – Praça da Matriz - Rua Dr. Bernardino de Campos com Rua João Villaça – Centro
Várzea Paulista (11 de maio, 16h às 20h)
Parque Bertioga - Avenida Padre Jordan, 1280 – Jardim Bertioga
