A Prefeitura de Campinas deu início à esterilização de capivaras do Lago do Café como parte das medidas de combate à febre maculosa. Até agora, 14 animais aram por cirurgias para controle reprodutivo. A estimativa é que cerca de 45 capivaras vivam no local.
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O procedimento é conduzido pelo Departamento de Proteção e Bem-Estar Animal (DPBEA) e inclui cirurgias como vasectomia e salpingectomia. A ação começou com a ceva dos animais, ou seja, alimentação controlada em horários e locais definidos para facilitar a captura. Os animais esterilizados estão sendo soltos gradualmente, e o manejo segue com a captura dos demais indivíduos.
O objetivo do controle reprodutivo é reduzir o número de filhotes e, com isso, o risco de transmissão da febre maculosa. A doença é provocada pela bactéria Rickettsia rickettsii, transmitida por carrapatos do tipo estrela, que têm nas capivaras um de seus principais hospedeiros.
Segundo o DPBEA, não há prazo definido para conclusão da ação, já que o trabalho depende de fatores como o clima e a presença de pessoas no parque. Por se tratar de fauna silvestre, o manejo foi submetido à análise da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil).
A ação no Lago do Café integra um programa mais amplo da Prefeitura, iniciado em setembro de 2024 na Lagoa do Taquaral, onde quase 200 capivaras foram esterilizadas. Após o término da operação atual, outros parques da cidade também receberão o controle reprodutivo, como o Parque das Águas, Parque Ecológico, Parque Hermógenes de Freitas Leitão e os parques lineares Capivari e Ribeirão das Pedras.
O programa é coordenado pela Secretaria do Clima, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Seclimas) e inclui, ainda, ações educativas e treinamentos voltados à prevenção e ao diagnóstico da febre maculosa, conduzidos pela Secretaria Municipal de Saúde, que mantém vigilância epidemiológica em áreas de risco.