O caso que envolve a morte da empresária Michele Aparecida da Cruz Santos, de 31 anos, ganhou novos contornos nos últimos dias. Após a apresentação do principal suspeito — o namorado da vítima — à delegacia, a Polícia Civil revelou que as duas amigas que acompanhavam Michele na noite do crime não relataram o que viram, no depoimento oficial.
VEJA MAIS:
- Boeing cai e explode com 242 ageiros
- Vendedora de loja Vivo usa dados de cliente para comprar tv
- Motociclista morre ao cair de caminhão
Michele foi baleada pelas costas na noite do último domingo (8), quando deixava uma adega na cidade de Nova Odessa, a cerca de 40 km de Piracicaba. Ela estava acompanhada do namorado e de duas amigas. Apesar do socorro rápido, a empresária não resistiu ao ferimento e morreu pouco depois de dar entrada no hospital.
O autor do disparo, identificado como o namorado de Michele, fugiu do local com o carro e o celular da vítima logo após o ocorrido. Somente nesta quarta-feira (11), ele se apresentou à delegacia acompanhado de um advogado, alegando que o tiro teria sido acidental — segundo ele, a arma disparou quando mexia no bolso. O homem foi ouvido e liberado após o depoimento.
Depoimentos Sob Suspeita
Inicialmente, as duas amigas da vítima haviam indicado à polícia que o responsável poderia ser o ex-namorado de Michele. De acordo com os relatos, ele teria enviado mensagens ameaçadoras no dia do crime, “Você vai se arrepender. Vou arrumar outra pessoa”, teria dito em um dos textos, enviados horas antes da tragédia.
Contudo, a narrativa das testemunhas caiu por terra quando a investigação teve o às imagens de câmeras de segurança próximas à adega. Os vídeos mostraram claramente o momento em que o namorado de Michele realiza o disparo pelas costas e, em seguida, foge levando o veículo da vítima. As amigas estavam no local, presenciaram toda a ação e, ainda assim, omitiram a identidade do verdadeiro autor em seus depoimentos.
Diante da contradição, a polícia agora apura o envolvimento das duas testemunhas por possível falso testemunho, crime previsto no artigo 342 do Código Penal, cuja pena pode chegar a até quatro anos de reclusão.
A Noite do Crime
A tragédia ocorreu por volta das 22h de domingo. Segundo a investigação, Michele e o namorado estavam acompanhados de duas amigas em um eio pela cidade. Eles aram por uma adega e, ao deixar o local a empresária foi atingida por um único disparo nas costas.
O namorado, até então não identificado publicamente, fugiu em alta velocidade com o carro da vítima e o celular dela. O veículo foi abandonado posteriormente. A Polícia Civil investiga se o crime foi intencional ou se houve, de fato, um disparo acidental.
O caso permanece sob investigação da Delegacia de Polícia de Nova Odessa.