
A Embraer e a Airbus estão travando uma disputa estratégica por um dos maiores contratos da aviação regional dos últimos anos: a encomenda de 100 jatos pela companhia malaia AirAsia. A decisão será anunciada na próxima semana, durante o Paris Air Show, tradicional salão da indústria aeronáutica.
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O contrato envolve aeronaves de fuselagem estreita, com destaque para os modelos Airbus A220 e Embraer E2. O valor de tabela das aeronaves gira em torno de US$ 81 milhões (A220) e US$ 46 milhões (E2), mas negociações envolvendo grandes volumes costumam incluir descontos expressivos.
Um dos pontos mais relevantes nas negociações tem sido a estrutura de financiamento oferecida por cada fabricante, fator considerado decisivo para o anúncio final, que será feito pelo presidente do grupo AirAsia, Tony Fernandes, em Paris.
Atualmente, a AirAsia opera uma frota de 240 aviões da Airbus, o que poderia indicar preferência por manter a padronização da frota. No entanto, a Embraer busca quebrar essa lógica e, se sair vencedora, conquistará seu maior cliente na Ásia, região onde ainda enfrenta forte predominância da rival europeia.
Para a Airbus, o contrato representaria um impulso necessário ao modelo A220, que ainda não teve pedidos registrados em 2025. Já a Embraer, com 334 pedidos firmes da linha E2, 175 ainda em carteira, enxerga na AirAsia uma chance de ganhar protagonismo em um dos mercados mais promissores do mundo.
A definição do acordo pode redesenhar o mapa da aviação regional na Ásia e consolidar novos rumos para os fabricantes nos próximos anos.