
Explosões foram ouvidas sobre Tel Aviv e Jerusalém enquanto sirenes soavam na noite desta sexta-feira (horário local) em Israel, após o que o porta-voz militar do país disse ser o disparo de mísseis do Irã.
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A agência de notícias estatal do Irã, IRNA, disse que centenas de mísseis balísticos foram lançados em retaliação aos maiores ataques já realizados por Israel contra o Irã, explodindo a enorme instalação nuclear subterrânea iraniana em Natanz e eliminando seus principais comandantes militares. Não houve relatos imediatos de mortos ou feridos.
Israel disse que os ataques foram o início da "Operação Leão em Ascensão". O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, acusou Israel de ter iniciado os ataques e de começar uma guerra.
Ao cair da noite desta sexta-feira, a mídia iraniana relatou explosões nos arredores norte e sul de Teerã e em Fordow, perto da cidade sagrada de Qom, uma segunda instalação nuclear que havia sido poupada na primeira onda de ataques. As defesas aéreas foram ativadas em Teerã e explosões puderam ser ouvidas em Isfahan.
O Exército de Israel disse que tem como alvo locais de lançamento de mísseis e drones iranianos e que haviam atingido outra instalação nuclear em Isfahan.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que a campanha israelense tem como objetivo derrotar uma ameaça existencial do Irã, invocando o fracasso em deter o Holocausto na Segunda Guerra Mundial.
A operação de Israel "continuará por quantos dias forem necessários para eliminar essa ameaça", disse ele em um discurso na TV. "Daqui a algumas gerações, a história registrará que nossa geração manteve sua posição, agiu a tempo e garantiu nosso futuro comum."
Mortes.
Duas fontes regionais disseram que pelo menos 20 comandantes militares iranianos foram mortos, operação impressionante que lembra os ataques israelenses que rapidamente eliminaram a liderança da milícia Hezbollah do Líbano no ano ado. O Irã também disse que seis de seus principais cientistas nucleares foram mortos.
Entre os generais mortos estão o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, Major-General Mohammad Bagheri, e o chefe da Guarda Revolucionária, Hossein Salami.
O major-general Mohammad Pakpour, rapidamente promovido para substituir Salami como comandante da Guarda, prometeu retaliação em uma carta ao Líder Supremo lida na televisão estatal: "As portas do inferno se abrirão para o regime que mata crianças".
Os iranianos descreveram uma atmosfera de medo e raiva, com algumas pessoas correndo para trocar dinheiro e outras procurando uma maneira de deixar o país em segurança.
A mídia iraniana mostrou imagens de blocos de apartamentos destruídos e disse que cerca de 80 civis foram mortos nos ataques que tiveram como alvo cientistas nucleares em suas camas e feriram mais de 300 pessoas.
* Com informações da Agência Brasil e da Reuters